sexta-feira, 26 de abril de 2013

Análise - Radiant Historia


Viagem no tempo sempre foi um dos assuntos mais explorados na ficção científica, e não com tanta frequência nos games. Chrono Trigger para SNES foi um dos pioneiros, senão o primeiro, a explorar essa temática tão profundamente, não vou falar mais pois creio que a maioria de vocês conhecem e sabem o quanto o jogo foi inovador e revolucionário para a época .




Radiant Historia é um game para o Nintendo DS desenvolvida pela Atlus, autora de alguns outros Rpgs, como Summon Knight, Shin Megami Tensei , Persona, entre inúmeros outros bons títulos, e foi lançado em 2010 no Japão. Radiant Historia conta a história de um jovem soldado que por motivos do destino, tem a função de salvar o mundo que está a beira da destruição. Parece clichê, não? Felizmente a história é muito bem contada e contém uma trama complexa que sempre desperta a curiosidade no jogador.

Vou evitar contar mais detalhes da trama, para não estragar a surpresa, mas posso afirmar que realmente vale muito a pena.

Um dos grandes destaque deste jogo é a possibilidade de voltar no tempo para impedir que tragédia ocorram, ao melhor estilo Chrono Trigger, mas muito mais elaborado, onde o jogo determina certos ponto chaves na trama e é possível ir voltar no tempo, para cumprir os eventos do jogo.

Nostalgia é um dos pontos fortes do jogo, quem jogou qualquer RPG da era Super Nintendo ou Playstation, vai se sentir em casa.

O jogo traz um sistema de batalha inovador e muito divertido, chamado Grid System, que é uma variação das batalhas tradicionais por turno. Resumidamente funciona assim:


Existem uma matriz 3x3 e os inimigos ficam em alguma das posições disponíveis. Quanto mais perto maior o dano causado e quanto mais longe obviamente, menor o dano causado.
Cada personagem ataca em seu determinado turno, assim como num Rpg normal, só que o jogo trás a possibilidade de alterar a posição dos inimigos com o seus golpes! Você pode juntar vários inimigos na mesma posição da matriz e atacar todos ao mesmo tempo com um só golpe!

Claro que parece um pouco complicado, no começo, mas é muito divertido e força o jogador a pensar para conseguir fazer a melhor combinação em menos turnos.


Dominar esse sistema é essencial pois a medida que o jogo progride, cada vez mais inimigos poderosos irão aparecer e cada turno fará diferença para a decisão da batalha. O legal que os encontros de inimigos é parecido com o de Chrono Trigger e Earthbound, ou seja, você vê os inimigos no mapa e pode decidir se quer batalhar ou não.
Do mais, o jogo é um RPG tradicional sem muita inovação, com exceção do sistema de batalha, você evolui, compra equipamento e itens, explora cidades e cavernas, conversa com personagens, etc.

Claro que o jogo não é totalmente perfeito, existem algumas falhas graves, como por exemplo a ausência de um mapa e pouca liberdade na exploração do cenário.

Não sei dizer se ele é um jogo para todos os tipos de jogadores, pois além de ser preciso ter um bom domínio de inglês, também é necessário prestar atenção nas inúmeras fala dos jogos, fato que pode irritar alguns jogadores estressados que querem botar logo a “mão na massa”.

Mas é um jogo recomendado pela nostalgia e diversão que as batalhas oferecem. Com gráficos bonitos, som de primeira e interface limpa e organizada, o pequeno console da Nintendo recebeu um grande título, com grande profundidade e prova de que hardware limitado não deve ser obstáculo para os desenvolvedores.

NOTA FINAL: 9
Gráficos: 9

Som: 9
Jogabilidade: 10
Diversão: 9

















PS: Meu Nintendo DS quebrou antes de eu conseguir zerar :(

1 comment

21 de dezembro de 2014 às 12:16

É muito bom esse jogo ai.

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